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Operação Ethos: número de presos já chega a 33

2630 Portal Agora 22/11/2016 19:53:05
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A Operação Ethos, do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil, prendeu até o início da tarde de hoje, dia 22, 33 pessoas, na maioria advogados, suspeitas de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em várias cidades do Estado de São Paulo. Ao todo, a força-tarefa cumpria 41 mandados de prisão, busca e apreensão dados pela Justiça contra o crime organizado.

 

Entre os detidos está o vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe), Luiz Carlos dos Santos (foto).

 

As investigações foram iniciadas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) em Presidente Prudente, onde também foram efetuadas prisões. Na região de Campinas, ao menos três advogados foram detidos.

 

Em Cotia, na Grande São Paulo, foi preso o vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Luiz Carlos dos Santos, suspeito de receber mesada mensal de R$ 4,5 mil mensais do PCC. Promotores e policiais fizeram buscas na sede do conselho, em São Paulo.

 

Na região oeste do Estado, onde ficam os presídios de segurança máxima que abrigam integrantes da cúpula do PCC, foram presos cinco advogados em Presidente Prudente e um em Presidente Venceslau.

 

Buscas eram realizadas também em Pirapozinho e Estrela do Norte. Nas casas dos suspeitos foram apreendidos notebooks, celulares e documentos. Quatro advogados de Campinas foram presos de manhã e levados para a 2ª. Delegacia Seccional.

 

Outros quatro foram presos em Avaré. As prisões são temporárias, com prazo de cinco dias, mas podem ser prorrogadas ou transformadas em preventivas, com prazo indefinido.

 

Esquema. Uma carta interceptada por agentes da Penitenciária 2, de Presidente Venceslau em maio de 2015, deu a pista inicial para a investigação de um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo advogados e o PCC.

 

A chamada "sintonia da gravata" era paga para desviar o uso das prerrogativas jurídicas e colaborar com o PCC. Os advogados teriam ajudado a montar uma lista negra de agentes penitenciários e familiares que seriam alvos da organização.

 

A ação mobilizava 159 delegados, 459 policiais civis, 65 promotores e 167 viaturas em todo o Estado.

 

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção São Paulo, informou em nota que, tão logo tomou conhecimento das diligências, nas primeiras horas do dia, determinou o acompanhamento por meio de sua Comissão de Direitos e Prerrogativas Profissionais, para assegurar o respeito aos direitos dos profissionais

 

 "Na medida em que tiver ciência da acusações que lhes estão sendo imputadas - e assegurado o direito de defesa - promoverá as apurações necessárias", informou o órgão.

Fonte: O Estadao

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